O cooperativismo, que no Brasil é regulado pelo Sistema OCB, continua em ascensão. Na prática, os cooperados são ao mesmo tempo donos e usuários da cooperativa, participando de sua gestão e usufruindo de seus produtos e serviços. O modelo permite que cada membro tenha voz e voto nas decisões, independentemente de sua contribuição financeira.

As cooperativas, que são instituições financeiras formadas pela associação de pessoas para prestar serviços financeiros aos seus associados, já somam 23,45 milhões de cooperados, equivalente a 11,55% da população, com base no último censo do IBGE.

O número é 14,5% acima do registrado no ano passado, de acordo com o Anuário do Cooperativismo Brasileiro 2024, divulgado em julho. Além disso, engloba 23% da população ocupada, emprega 550.611 profissionais e sua movimentação financeira alcançou R$ 692 bilhões. 

No total, o Brasil possui 4.509 cooperativas. A maior concentração está no setor agropecuário, (1.179), seguido por transporte (790), saúde (702), crédito (700), produção de bens e serviços (641), infraestrutura (276) e consumo (221).

Ao menos 1.398 municípios possuem cooperativas de crédito. A região Sudeste (1.605) conta com o maior número, enquanto a Nordeste (856) aparece em segundo e a Sul (825) em terceiro. As regiões Centro-Oeste e Norte possuem 619 e 504, respectivamente.

No geral, conforme os dados apresentados, o cooperativismo tem um papel importante na economia, ajudando a incluir mais pessoas, diminuir desigualdades, fortalecer comunidades e resolver problemas econômicos e sociais. Ao juntar pessoas com objetivos em comum, as cooperativas ajudam a desenvolver a economia de forma sustentável e melhoram a vida de seus membros e das comunidades onde atuam.

Estabelecidos pela Aliança Cooperativa Internacional (ACI), os pilares que sustentam o funcionamento das cooperativas em todo o mundo são: adesão voluntária e livre, gestão democrática, participação econômica, autonomia, educação, cooperação e interesse pela comunidade.

O cooperativismo é uma força que transforma não só a economia, mas também promove valores sociais, inclusão, sustentabilidade e o crescimento das comunidades. Ao valorizar a colaboração e a solidariedade, as cooperativas continuam sendo essenciais para criar sociedades mais justas, iguais e sustentáveis.